31.1.18

Escutei muito Cat Stevens por volta dos meus 17 anos. De alguma forma esta música sempre me colocava para cima quando eu decidia partir. Afinal, um coração jovem, cheio de sonhos, dificilmente fica preso.Era muito mais do que não querer se deixar ficar.
Eu queria experimentar este mundo selvagem!
Algumas vezes, confesso, me doeu partir mas o mundo aí fora era tão grande que um grande amor talvez pudesse esperar.Se parti corações, peço perdão, não era a intenção.
Eu era uma menina e queria aproveitar a liberdade que a vida e a minha família me proporcionavam.
Fiz muitos amigos por onde passei, o sorriso doce e a empatia sempre foram o meu forte.
Não que eu sorria muito, aliás sou uma pessoa bem reservada. 
Mas o lado bom das pessoas sempre me faz sorrir.
Tive sorte, encontrei boas pessoas por aí.
E apesar dos passos mais lentos, me considero uma pessoa privilegiada, pois continuo encontrando boas almas neste mundo tão perturbado, tão selvagem.

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